Trabalho de sol a sol, e direitos laborais para o charco. Ah, que saudades da Revolução Industrial...
Em primeiro lugar, lamento (ainda) não ter conseguido arranjar o vídeo com a entrevista completa ao actual Bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto, feita pela cada vez mais risível Manuela Moura Guedes.
A constatação de que o canal TVI já tinha pendurado o chamado jornalismo íntegro e sério no cabide já vinha de longe, mas a podridão deste monstro criado continua a intensificar-se cada vez mais, a amostra de entrevista feita a Marinho Pinto assim o demonstra.
De resto, começo a verificar que a minagem a este já vem de trás, apostando-se em pintá-lo como uma exaltada figura quase circense , a qual não é para ser muito levado a sério, qual maluquinho de aldeia aos berros no coreto, a quem toda a gente aponta e ri. Arriscamo-nos assim a presenciar o enterro de uma das vozes que falam mais lúcida e claramente contra o estado de pântano ao qual se reduziu a nossa Justiça, o qual corrói os pilares da sociedade portuguesa.
Cá, não é preciso armadilhar carros nem mandar troços de auto-estradas pelos ares para silenciar as vozes da verdade inconveniente, basta controlar os meios de Comunicação Social e manipular a partir daí. O derrame de sangue, infelizmente, é o mesmo.
Por muito que defenda o respeito por todas a religiões, não deixo de me sentir incomodado quando vejo, de tempos a tempos, a associação explícita do Estado português a eventos e celebrações católicas. Desta vez, foi a comemoração dos 50 anos da estátua do Cristo-Rei em Lisboa, que contou a pompa e circunstância a nível da cobertura pela RTP e com a presença de representantes do Estado, como o presidente da AR, Jaime Gama, e o próprio Presidente da República, Cavaco Silva. Este acabou por mandar mais um dos seus habituais comentários infelizes, ao referir que, em tempos de crise, é normal que as pessoas procurem um "abraço" na religião, ao resgatar as piores memórias daquele Portugal dos três "F"s: Fado; Futebol e Fátima, o qual teima em nunca ser definitivamente enterrado, pela carga negativa de conformismo na miséria e no atraso que a mesma traz.
A opinião de "Cavaco-cidadão" não se pode confundir com a de "Cavaco-Chefe de Estado", nunca pode.
Estando numa cerimónia enquanto Presidente da Nação, deve guardar as suas perspectivas pessoais numa caixinha, pois representa todos os portugueses, quer goste ou não. Para sairmos desta crise causada por circunstâncias e personagens tão terrenas como a actual, precisam-se de soluções dessa natureza, que a prece ao Demiurgo, infelizmente, não vai salvar este burgo.
E não é que, depois de tanto gozarem com ela, acabou por se evitar mais um ataque de pirataria na costa da Somália? Só mesmo o Corno de África para fazer subir a nossa confiança nas Forças Armadas nacionais...
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