De seu nome Dominique Strauss-Kahn (director-geral do FMI).
Com declarações deste calibre ("...vocês têm de entrar nos eixos, de uma maneira ou doutra"), vê-se bem que o país está reduzido à condição do menino mal-criado que se prepara para levar uma porrada de cinto do padrasto tirano...
Não, não vou dizer que foi encontrado petróleo ao largo das costa portuguesa. Mas, no meio de tanta merda, ainda se consegue passar os olhos por notícias como esta.
Hoje fiquei a saber que já etiquetaram um preço em Portugal, lá no hipermercado de Bruxelas...
...e uma noite bem cerrada que se abateu desde ontem. Por muito que se possa questionar a exactidão e a eficácia nas previsões feitas por agências de rating financeiro como a Standard & Poor´s, que não previu a eminente bancarrota da Lehman Brothers e da banca islandesa em 2008, refugiarmo-nos na ideia dos "falsos oráculos" financeiros internacionais e não querermos ver as deficiências estruturais fundamentais que, por exemplo, fazem com que a nossa economia já ande estagnada desde há uma década atrás, pode ser um erro...
Não, não é o facto de haver um presidente de um país do centro da Europa, a Républica Checa, de seu nome Václav Klaus, que me chateia.
Não, não é o facto deste ser um político com formatação diferente da maioria e de gostar de causar momentos coloridos e de falar o que lhe vai na cabeça na presença de outros congéneres seus por esse Velho Continente fora (foi Klaus, eurocéptico até à medula, que mandou calar o eurodeputado Cohn-Bendit com um célebre "o senhor está-se a esquecer que já não está nas barricadas de Paris em 1968"; e que defendeu que o seu país devia ter boas relações com a antiga inimiga Rússia porque "não se pode exigir muito mais a um país (Rússia) com míseras tradições democráticas").
Não, não é o facto de a República Checa ter um défice na ordem dos 5%, e que muito aflige o presidente dos checos, e deste questionar a nossa despreocupação perante os "nossos" 8%, que me chateia.
O que me chateia foi saber que a única resposta a este achacamentozinho klausiano foi um arreganhar de dente breve e subsequente engolir em silêncio do homem ao qual é investida a representação de todos os portugueses enquanto Presidente da República Portuguesa. Sim, senhor Silva, aqui tinha pela frente um Chefe de Estado que não é da escola "boneco de cera politiquissimamente correcto" que tanto grassa por aqui e noutros lados. Quando começam a aparecer umas fissuras no verniz protocolar, é só baldes de suores frios. E que tal dizer ao senhor Klaus que os assuntos portugueses não são da sua conta? Além de comer, calar e ainda agradecer, ganhou uma viagem de carro de volta para cá, pois não é só o panorama económico que é só cinzas, os céus também estão cheios delas...
Sim, senhor Václav, NÓS, CIDADÃOS, estamos muito preocupados com o défice. Estamos muito preocupados com um presente que não parece ser grande futuro. O senhor não augura grande coisa à União Europeia e ainda andou a segurar a última lâmina que pendia sobre a cabeça do Tratado de Lisboa. Lá deve saber, ou achar, se o seu país fica melhor sem Bruxelas. Nós temos andado na "mama" desde 1986 e, mais 3 aninhos, vão tirá-la da nossa boca. Os estômagozinhos cá do sítio que tanto rebentaram nestas décadas, qual rábula do "The Meaning of Life", vão contorcer-se e bem.
Aí vamos ver se os positivos que este país alcançou desde então não foram uma mentira pegada, servida por artistas progressivamente mais medíocres com o tempo, e agora com uma rectaguarda despudoradamente coberta.
Sim, senhor Václav, estamos preocupados que a nossa triste realidade nos seja atirada à cara. Gostamos de bons modos, somos de brandos costumes. Mas ainda temos, não todos, uma espinha dorsal e um bocadinho de estima. Uma résteazinha que seja para mandar a uma certa parte quem mete a foice em seara alheia e os que, cá dentro, põem o nosso país a jeito para levar com coisas dessas. Parece que, ainda que com muitos e muitos crimes cometidos, as ditaduras de esquerda que governaram o seu país nunca tiveram problema em abrir universidades e em ter gente dentro delas. A nossa ditadura preocupou-se em fechar escolas primárias, quanto mais em formar quadros competentes, e em promover utopias católico-rurais. Tão pior do que isso foi o chorrilho de corrupção e oportunidades perdidas que se seguiu já com a democracia. Os resultados económicos depois vêem-se.
Mas, estava-me a esquecer, nós vamos estar no Mundial de futebol e vocês não.
Realmente, nós somos os maiores...
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